O Médico e a cura mental

O médico deve educar o povo a volver o olhar do humano para o divino. Em lugar de ensinar o enfermo a confiar em criaturas humanas quanto à cura da alma e do corpo, deve dirigi-lo Àquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos quantos a Ele se chegam. Aquele que fez a mente do homem sabe o que ela necessita. Unicamente Deus é quem pode curar.

Aqueles que se acham doentes da mente e do corpo têm de ver em Cristo o restaurador. "Porque Eu vivo", diz Ele, "vós vivereis." João 14:19. Esta é a vida que nos cumpre apresentar aos doentes, dizendo-lhes que, se tiverem fé em Cristo como restaurador, se com Ele cooperarem, obedecendo às leis da saúde, e se esforçando por aperfeiçoar a santidade em Seu temor, Ele lhes comunicará Sua vida. Quando por essa maneira lhes apresentamos a Cristo, estamos transmitindo um poder e uma força de valor, porquanto vêm de cima. Esta é a verdadeira ciência da cura do corpo e da alma.

A Cura da Mente Santificada

A luz que me foi dada é que se a irmã que mencionais se revestisse de decisão e exercitasse seu gosto pelos alimentos saudáveis, todos esses períodos de depressão desapareceriam. Ela tem dado rédeas à sua imaginação; o inimigo tem tirado vantagens de sua fraqueza física, e sua mente não é incentivada a manter-se firme contra as aflições da vida diária. É da saudável, santificada cura da mente que ela necessita, de um aumento da fé, e do serviço ativo em favor de Cristo.

Necessita também do exercício de seus músculos em trabalho prático ao ar livre. O trabalho físico será para ela uma das maiores bênçãos de sua vida. Ela não precisa ser uma doente, mas uma mulher de mente sã e robusta, preparada para desempenhar nobre e corretamente sua parte.


Todo tratamento que se possa dispensar a esta irmã será de pouco proveito, a menos que ela faça a sua parte. Ela precisa fortalecer os músculos e nervos pelo exercício físico. Ela não precisa ser inválida, pois pode fazer bom e zeloso trabalho. Como muitos outros, possui ela imaginação doentia. Pode, porém, vencer e tornar-se uma mulher sadia. Tenho dado esta mensagem a muitos, e com os melhores resultados. Medicina e Salvação, pág. 109.

O Espírito Santo Como Restaurador

O Dr. E. tem cometido um grande erro no que se refere ao exercício e aos divertimentos, e um erro ainda maior em seu ensinamento atinente à experiência religiosa e à provocação religiosa. A religião da Bíblia não é prejudicial à saúde do corpo e da mente. A influência enobrecedora do Espírito de Deus é o melhor restaurador para o doente. O Céu é todo saúde, e quanto mais plenamente são sentidas as influências celestiais, tanto mais certa a recuperação do enfermo crente. ...

Realize o enfermo alguma coisa, em lugar de ocupar a mente com um simples divertimento, que o diminui em sua própria estima e o leva a considerar sua vida inútil. Mantende elevado o poder da vontade, pois a vontade estimulada e corretamente dirigida é um poderoso calmante para os nervos. Os enfermos são mais felizes quando ocupados, e sua recuperação se dá mais facilmente. Testimonies, vol. 1, págs. 556 e 557.

Falsas Indisposições

"Sinto tristeza pelos que não só se enganam a si mesmos pensando que estão doentes, mas que se conservam enganados por seus pais e amigos, os quais acariciam suas enfermidades e os dispensam do trabalho. Fossem eles colocados em situação tal que se vissem compelidos a trabalhar, dificilmente falariam de dificuldades que, enquanto na indolência, os mantêm na cama.

O exercício físico é uma preciosa bênção tanto para as enfermidades da mente como as do físico. O exercício, com alegria, provar-se-ia em muitos casos um restaurador muito eficaz para os inválidos queixosos. A ocupação útil poria em exercício os músculos enfraquecidos, estimularia o sangue estagnado no organismo, e despertaria o fígado entorpecido para realizar o seu trabalho. A circulação do sangue seria uniformizada e o organismo todo revigorado para vencer as más condições.

Eu freqüentemente volto de junto do leito desses inválidos voluntários, dizendo de mim para mim: Morrendo aos poucos, morrendo por indolência - enfermidade que ninguém pode curar a não ser a própria pessoa. Às vezes vejo rapazes e moças que poderiam ser uma bênção a seus pais se com eles partilhassem os cuidados e fardos da vida.

Eles, porém, não sentem nenhuma disposição para fazer isso, pois não é agradável, antes acompanhado de algum cansaço. Eles dedicam muito do seu tempo a diversões inúteis, em prejuízo dos deveres que precisam executar a fim de obterem uma experiência que lhes será de grande valor em suas lutas futuras com as dificuldades da vida real. Vivem para o presente apenas, e negligenciam as qualidades físicas, mentais e morais que os preparariam para as emergências da vida, e lhes dariam confiança e respeito próprios em tempo de tribulação e de perigo. Health Reformer, janeiro de 1871, págs. 132 e 133.

Incluindo o Poder da Vontade

"Nas viagens, tenho deparado com muitos que eram realmente sofredores imaginários. Faltava-lhes força de vontade para subir acima da doença do corpo e da mente e combatê-la; e, por isso, foram detidos na escravidão do sofrimento. Grande parte dessa espécie de doentes é encontrada entre a juventude.

Às vezes me encontro com mulheres jovens prostradas no leito de dor. Elas se queixam de dor de cabeça. Seu pulso pode estar firme, e elas serem corpulentas; todavia sua pele amarelada indica que elas estão biliosas. Meu pensamento tem sido que, se eu estivesse em seu estado, saberia imediatamente que atitude tomar para obter alívio. Embora me sentisse indisposta, não esperaria para recuperar-me deitada.

Traria em meu auxílio o poder da vontade, e deixaria a cama e me dedicaria a ativo exercício físico. Observaria estritamente hábitos regulares de levantar cedo. Comeria pouco, aliviando dessa forma o meu organismo de carga desnecessária, incentivaria a alegria e proporcionaria a mim mesma os benefícios do exercício apropriado ao ar livre. Tomaria banho freqüentemente, e beberia bastante água pura e refrescante. Caso fosse seguida essa conduta de maneira perseverante, resistindo à inclinação para agir de maneira diferente, operaria maravilhas na recuperação da saúde. Medicina e Salvação, págs. 106, 107.

Contentamento e Alegria

"Uma mente bem disposta, um espírito alegre, é saúde para o corpo e energia para a alma. Nenhuma causa de doença é tão fecunda como a depressão, a melancolia e tristeza. A depressão mental é terrível." Testimonies, vol. 1, pág. 702.

Saúde Através de Serviço a Outros

"Os que, na medida do possível, se dedicam à obra de fazer o bem aos outros, dando demonstração prática de seu interesse por eles, não só estão aliviando os sofrimentos da vida humana ao ajudá-los a conduzirem seus fardos, mas ao mesmo tempo estão contribuindo grandemente para sua própria saúde da alma e do corpo. Fazer o bem é uma obra que beneficia tanto ao doador como ao recebedor. Se vos esquecerdes a vós mesmos no interesse de outros, obtereis vitória sobre vossas enfermidades.

A satisfação que sentireis ao fazer o bem, ajudar-vos-á grandemente na recuperação do estado saudável da imaginação. A alegria de fazer o bem estimula a mente e vibra através de todo o corpo. Enquanto o rosto do homem beneficente é iluminado pela alegria, e seu semblante expressa a elevação moral da mente, o do egoísta e mesquinho é deprimido, abatido e sombrio. Seus defeitos morais lhe são vistos no semblante. ...

Enfermos, advirto-vos a que vos atrevais a alguma coisa. Despertai o poder de vossa vontade, e fazei pelo menos uma prova desse assunto. Desviai de vós mesmos os vossos pensamentos e afeições. Andai pela fé. Estais inclinados a centralizar vossos pensamentos em vós mesmos, temendo exercitar-vos, e receando que se vos expuserdes ao ar perdereis a vida? Resisti a esses pensamentos e sentimentos. Não vos submetais a vossa imaginação doentia." Testimonies, vol. 2, pág. 534.